A crioterapia é um tratamento dermatológico que tem sido utilizado por celebridades e atletas tanto por seus benefícios para a estética quanto para a recuperação de lesões na pele. Quando bem indicado e realizado, o procedimento oferece resultados rápidos e eficazes.
Apesar de sua crescente popularidade, o paciente interessado em se submeter à crioterapia deve se atentar para as características da pele e da lesão que pretende tratar antes de fazer o procedimento.
Confira abaixo mais detalhes sobre a criocirurgia — como o tratamento também é chamado — com informações cedidas pelo dermatologista Dr. Daniel Stellin.
Índice
Como funciona a crioterapia?
Na crioterapia o paciente é submetido a baixas temperaturas (-190°C) por meio do nitrogênio líquido. Este agente químico promove o congelamento das lesões na pele, reduzindo a temperatura do local tratado e destruindo o tecido lesionado.
A aplicação do nitrogênio pode ser feita das seguintes maneiras:
- Spray;
- Bandagens frias;
- Cremes com cânfora e mentol;
- Congelamento de ponteiras encostadas na lesão.
A criocirurgia pode ser realizada em várias partes do corpo, sendo que o congelamento poderá ser mais profundo dependendo da lesão que será tratada. Por exemplo: em lesões malignas é necessário fazer um congelamento mais prolongado de 1 a 2 minutos. Já no caso das lesões benignas, esse tempo reduz para apenas alguns segundos.
O tempo e a quantidade de sessões necessários para obter um resultado satisfatório estão diretamente relacionados com as particularidades da região que será tratada. Portanto, é essencial se consultar com um dermatologista para que ele determine qual é a melhor abordagem no seu caso.
Quando a criocirurgia é indicada?
A crioterapia pode ser realizada em homens e mulheres que se enquadrem em um ou mais dos seguintes casos:
- Acne;
- Queloides;
- Verrugas virais;
- Alopecia areata;
- Ceratoses actínicas;
- Lesões pré-malignas;
- Alguns tipos de câncer de pele;
- Redução das cicatrizes hipertróficas;
- Manchas causadas pelo sol (melanoses);
- Machas escurecidas que apareceram com o avanço da idade (manchas senis).
É importante salientar que a realização deste procedimento deve ser feita por um dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), entidade que representa o setor.
Isso porque a exposição a baixas temperaturas pode trazer alguns riscos como, por exemplo, queimaduras no local tratado. Logo, fazer a crioterapia com um dermatologista qualificado oferece mais segurança ao paciente.
Existe alguma contraindicação?
Sim. A criocirurgia não é indicada para os pacientes com feridas abertas, distúrbios das plaquetas, psoríase e vitiligo. Os distúrbios que afetam a coagulação do paciente também pode ser um impeditivo, sendo assim, vale a pena ressaltar a importância de obter a avaliação do dermatologista.
Crioterapia: cuidados antes e depois
O único cuidado prévio necessário é com a higienização da região tratada, algo que é feito no consultório do dermatologista momentos antes da crioterapia. Os cuidados após o procedimento, por sua vez, requerem mais atenção do paciente.
Como a pele fica avermelhada, inchada e dolorida depois da criocirurgia, é importante que o paciente faça a limpeza adequada do local conforme orientação do médico. Durante a recuperação, é comum surgir uma bolha e posteriormente uma crosta no local tratado. A crosta costuma cair naturalmente entre 7 a 30 dias.
Outro fator crucial para uma recuperação mais efetiva é o uso do filtro solar de forma diária e com a atenção ao retoque do produto ao longo do dia. Analgésicos e pomadas antibióticas só podem ser utilizadas com a devida orientação médica.
Caso queira saber mais sobre a crioterapia, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Daniel Stellin.
Fontes:
Clínica de Dermatologia Dr. Daniel Stellin;
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).