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Entenda o que é a acne da mulher adulta e como tratá-la

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

O tema deste artigo é o tratamento da acne da mulher adulta, um problema muito comum, mas que apresenta grande impacto na qualidade de vida e auto estima,especialmente pelo fator estético.

Em 1º lugar, é importante compreendermos o que é acne. É comum que as pessoas queiram entender a diferença entre espinhas e acne. A verdade, porém, é que são palavras que definem a mesma coisa, sendo ‘acne vulgar’ o nome científico da doença.

Podemos caracterizá-la como um distúrbio da pele, que é muito comum em adolescentes de ambos os sexos. Nessa fase da vida, marcada por desenvolvimento e mudanças físicas, ocorre uma atividade acentuada dos hormônios acarretando no aumento de produção de sebo pelas glândulas. As glândulas sebáceas atuam de forma mais ativa, conjuntamente com a colonização bacteriana e o espessamento da queratina ao redor do óstio de saída do pêlo, promovem os fatores determinantes para a gênese e gravidade do problema.

A acne é uma lesão cutânea decorrente do aumento da produção do sebo pelas glândulas sebáceas. O excesso de oleosidade leva à obstrução dos poros, o que facilita a ação de bactérias, que causam as lesões que são chamadas de cravos. Quando ocorre a inflamação dessas lesões, surge o que chamamos de espinha, que é uma lesão caracterizada por uma pequena protuberância sobre a pele, avermelhada e inflamada.

Acne da mulher adulta

A acne é menos comum na idade adulta, mas, mesmo assim, atinge um número expressivo de mulheres. A acne da mulher adulta está ligada ao início do processo de envelhecimento da pele.

Nessa fase, que definimos como aproximadamente 5 anos após a menarca ( primeira menstruação ), os cravos se tornam raros, dando lugar às lesões inflamatórias, que se desenvolvem preferencialmente na parte inferior do rosto. As causas da acne nessa fase são, muito provavelmente, decorrentes de alterações hormonais, outros fatores comuns são má alimentação e uso inadequado de cosméticos.

O surgimento da acne pode estar relacionado, também, a questões emocionais, uso de cortisona, uso excessivo de iodo e complexo B, uso de produtos oleosos, como bronzeadores e alguns cosméticos, má alimentação, tabagismo e, até mesmo, hereditariedade.

A melhor forma de tratar essa inflamação é compreender a origem da profusão de espinhas. O especialista indicado para o tratamento de problemas da pele é o dermatologista. No entanto, também é indicada a abordagem interdisciplinar, envolvendo ginecologista e endocrinologista na investigação da causa dos quadros mais incômodos de acne inflamatória, principalmente a conglobata e a fulminante, que podem levar à apresentação de sintomas como mal-estar, febre e  grande possibilidade de deixar cicatrizes.

Como evitar e tratar a acne

Como as causas são multifatoriais, os cuidados também são diversos. A boa notícia é que muitos dos cuidados relacionados à prevenção da acne são também medidas preventivas contra uma série de outros problemas, a começar pela ação direta na pele.

A higienização e a hidratação corretas da pele são fundamentais tanto na prevenção quanto no tratamento. Há evidências de que a alimentação exerce papel importante. O excesso de produtos com alto teor de glicose, como refrigerantes, açúcar refinado, carboidratos processados e alimentos que contenham farinha branca, contribui para o aparecimento das lesões cutâneas.

É preciso tomar muito cuidado, também, com a suplementação alimentar. Quem usa a suplementação com aminoácidos para ganho de massa muscular é, normalmente, um público com forte tendência a apresentar esse tipo de sintoma. Nesse caso, não há outra recomendação que não buscar orientação médica. Em muitos casos, a suspensão da suplementação, muitas vezes desnecessária, é suficiente para tratar as lesões.

A acne da mulher adulta é tratada com o uso de medicação tópica ou oral, a que podem se somar outras iniciativas terapêuticas, dependendo da associação do quadro a outras doenças. Em alguns casos, o tratamento pode incluir uso de anticoncepcionais orais com ação antiandrogênica ou outras medicações com esse propósito. O importante é que a paciente deve buscar solução para o problema, uma vez que conviver com a acne é um fator de risco para o surgimento de problemas emocionais.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como fisiologista hormonal e dermatologista em São Paulo.

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