Embora esta doença passe despercebida muitas vezes, a infecção por molusco contagioso demanda atenção especializada de um dermatologista.
O molusco contagioso é uma infecção dermatológica viral consideravelmente comum e altamente contagiosa. A doença é causada por um vírus da família poxvírus, e tem o ser humano como seu único hospedeiro.
Os principais sinais da presença do molusco contagioso consistem no aparecimento de lesões na pele com características diversas, que podem muitas vezes passar despercebidas, já que costumam ser indolores. Para complicar o diagnóstico, é muito comum que este problema de saúde seja confundido com outras doenças dermatológicas, sendo sempre necessário o diagnóstico médico para sua confirmação.
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Índice
Entenda mais sobre o molusco contagioso
Embora tenha um nome um pouco assustador, é importante salientar que o molusco contagioso é uma doença benigna que, em muitos casos, se cura sozinha sem trazer graves sequelas ao paciente infectado.
O pico de incidência da doença acontece entre os três ou quatro anos de idade, podendo afetar o indivíduo também na adolescência ou início da vida adulta, quando ele inicia sua vida sexual. Essas “bolinhas” — que geralmente se apresentam com a cor da pele ou esbranquiçadas, em variados tamanhos — surgem mais comumente em pessoas com sistema imunológico deficitário, como soropositivos ou indivíduos recentemente submetidos a algum tipo de transplante.
Como já citado, o molusco contagioso é também muito comum em crianças, uma vez que elas não possuem ainda seus sistemas totalmente desenvolvidos. Pessoas com pele muito seca ou que sofrem com alergias também são frequentemente vítimas da doença.
Principais sintomas da infecção
O período de incubação, que dura de duas a oito semanas, precede o surgimento dos sintomas, que podem ser identificados em pequenas pápulas com características específicas, tais como:
- Tamanho de dois a cinco milímetros de diâmetro;
- Não são doloridas;
- São brilhosas e, geralmente, possuem a cor da pele do paciente;
- Aparecem isoladas ou grupadas;
- Possuem tamanhos variados;
- Surgem em áreas mais sensíveis do corpo;
- Apresentam umbilicação central (depressão no centro da lesão).
As lesões de pele causadas pelo molusco contagioso geralmente surgem em diferentes partes do corpo e em quantidades variadas. Em crianças, ele pode se manifestar nas mãos, no rosto, nos braços, no pescoço, no peito e no tronco.
Já em adultos, a infecção costuma surgir na virilha, podendo se espalhar também para os órgãos genitais, a parte interna das coxas e o abdômen. Como atinge regiões mais íntimas, a doença pode ser considerada também uma infecção sexualmente transmissível (IST).
Pacientes com imunossupressão e que vivem com o vírus HIV costumam apresentar feridas mais difusas e de diâmetro maior do que o habitual. Quando o paciente infectado apresenta as pápulas na região perto dos olhos, é possível que ele desenvolva conjuntivite associada à doença de pele.
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Formas de contágio
Como sua taxa contágio é bem alta, o molusco contagioso pode acometer rapidamente diversas partes do corpo do indivíduo infectado, o que leva a doença a se desenvolver mais de uma vez. Uma recomendação básica para se lidar com esse tipo de doença e evitar a disseminação é não coçar as lesões.
O contágio ocorre pelo contato direto ou indireto. Na primeira forma, o paciente pode se infectar ao lidar com objetos compartilhados — como roupas de cama, vestimentas, brinquedos e toalhas — que estão contaminados pelo molusco. Manter relações sexuais desprotegidas é outra maneira que oferece um alto risco de contágio.
Como tratar a doença?
O médico especializado em dermatologia pode fazer o diagnóstico do molusco contagioso apenas por observação. Outro tipo de exame a ser feito para a confirmação da infecção é a biópsia de pele.
É fundamental que o tratamento seja orientado por um médico dermatologista. A metodologia terapêutica mais consiste na aplicação de pomadas específicas, embora existam outras formas de tratamento para doença — tais como a curetagem, ou seja, técnica de remoção mecânica das lesões com a cureta após anestesia local prévia, com altas taxas de sucesso.
Se você apresentou lesões de pele e suspeita se tratar de molusco contagioso, evite o autodiagnóstico: agende uma consulta com o Dr. Daniel Stellin. Um tratamento adequado, orientado por um profissional experiente, é a melhor forma de cuidar de si próprio e da própria pele. Entre em contato!
Fontes:
Sociedade Brasileira de Dermatologia;
Clínica de dermatologia – Dr. Daniel Stellin.