A endometriose é uma condição clínica na qual o endométrio, mucosa responsável por revestir o interior do útero, se desenvolve fora da cavidade uterina, em órgãos adjacentes, como bexiga, ovários, intestino e trompas.
Trata-se de um problema ginecológico muito comum entre mulheres em idade reprodutiva, tanto que cerca de 10 milhões de brasileiras sofrem com o problema.
A endometriose é atualmente a principal causa de infertilidade feminina no mundo. Além disso, é muito incômoda, pois costuma provocar dor pélvica intensa. Vale destacar que a endometriose é tão dolorosa porque sofre influência de oscilações hormonais.
Quer obter mais informações a respeito da endometriose? Leia o artigo e conheça as causas, sintomas e tratamentos. Boa leitura!
Índice
Sintomas da endometriose
Os maiores sintomas da endometriose são a infertilidade e a dor. Aproximadamente 20% têm apenas infertilidade, 20% têm apenas dor e 60% têm ambas. Além disso, quem sofre com endometriose pode apresentar desconforto durante as relações sexuais, exaustão e fadiga, sangramento menstrual irregular ou intenso, alterações urinárias, mudanças no trânsito intestinal e cólicas menstruais.
Causas do problema
A cada mês os ovários produzem hormônios que estimulam as células endometriais a se multiplicarem e se prepararem para receber o óvulo fertilizado. O endométrio, então, aumenta de tamanho e fica mais espesso. Se essas células crescem fora do útero, a endometriose se desenvolve. Tal condição pode estar relacionada às seguintes causas:
- Menstruação retrógrada: quando há refluxo menstrual para dentro da cavidade pélvica através das trompas.
- Crescimento de células embrionárias: ocorre se algumas células embrionárias que revestem as cavidades pélvicas se convertem em tecido endometrial e dão origem à doença.
- Deficiência imunológica: o sistema imunológico deficiente pode favorecer o surgimento da endometriose, pois impede que o corpo reconheça e destrua as células endometriais que se desenvolvem no local errado.
- Cirurgias: depois de algumas cirurgias, como a cesariana ou histerectomia, as células endometriais podem se fixar nas incisões cirúrgicas, ocasionando a endometriose.
Determinados fatores de risco aumentam as chances de desenvolver endometriose, entre eles, o histórico familiar, menarca(primeira menstruação) muito precoce, o fato de nunca ter tido filhos, ciclos menstruais prolongados e anormalidade uterinas.
Tratamentos possíveis
O tratamento da endometriose depende da idade da paciente, intensidade dos sintomas e gravidade da doença. O protocolo pode incluir o uso de medicamentos hormonais para interromper o ciclo menstrual e controlar a dor. O médico pode prescrever fármacos à base de estrogênio ou progesterona, por exemplo. A automedicação é completamente contraindicada, assim como a interrupção do tratamento medicamentoso sem consultar um profissional especializado. Uma nova opção terapêutica com excelentes resultados é o implante subcutâneo de Gestrinona, realizando a interrupção dos ciclos ovulatórios e promovendo uma melhora da composição corporal em mulheres que realizam atividades físicas em geral.
Outro método possível para tratar a endometriose é a cirurgia laparoscópica, procedimento minimamente invasivo que pode remover os focos de endometriose, drenar os cistos endometriais e fazer a resseção de eventuais lesões nos órgãos atingidos, sendo efetuados em casos qua não respondam às intervenções clínicas.
Quer saber mais sobre endometriose? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como fisiologista hormonal e dermatologista em São Paulo.