A felicidade, por tanto tempo analisada por pensadores contemporâneos e artistas, também vem sendo estudada por neurocientistas e endocrinologistas. O objetivo é simples: tentar entendê-la dentro do contexto de um processo biológico, para concluir o que a estimula no sentido físico. Do ponto de vista orgânico, sabemos que são quatro os hormônios produzidos naturalmente pelo nosso organismo que podem “gerá-la”: a serotonina, a dopamina, a endorfina e a oxitocina.
Para os pesquisadores que se dedicam ao assunto, basta o organismo humano produzir qualquer uma dessas substâncias químicas para que nos sintamos bem. Mas, esse processo não é controlado por nós tão facilmente quanto possa parecer.
Resumidamente, o “quarteto” de hormônios da felicidade interliga o corpo e o cérebro, por isso, são chamados de neurotransmissores. De modo geral, eles trazem a sensação de alegria, tranquilidade e bem-estar.
Neste artigo, darei destaque a um dos representantes do quarteto.
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Serotonina: Conheça este hormônio da felicidade
Sabe quando você se sente especial, importante, alguém que faz a diferença? É a serotonina em ação. Pelo contrário, quando você se sente depressivo e em constante sensação de solidão, esse pode ser um reflexo da falta dessa substância no organismo.
A baixa produção do hormônio é a principal causa para a depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só para se ter uma ideia, o transtorno já acomete mais de 300 milhões de indivíduos em todo o mundo.
Felizmente, é possível “manipular” o estímulo desse hormônio de algumas formas. De acordo com neurocientistas, a taxa de serotonina aumenta toda vez que recordamos de momentos especiais e felizes, tais como viagens, o nascimento de um filho, o dia do casamento, uma festa com amigos especiais e assim por diante.
Para melhor compreensão da fabricação da serotonina, sabe-se que ela provém de uma substância chamada Triptofano, que após a ação de uma enzima torna-se o 5 HTP, último estágio do triptofano para posteriormente receber um radical metil e tornar-se Serotonina. Muito importante no processo de fabricação desse hormônio encontra-se a suplementação de vitaminas do complexo B, magnésio e mais recententemente descobriu-se o papel fundamental dos óleos ômega 3 e da Vitamina D.
A depressão, por sua vez, tem como um sinal agressivo o esquecimento de dias felizes. Nesse caso, fotografias de momentos especiais e até mesmo uma conversa com um amigo ou familiar podem ajudar.
Além disso, receber uma boa massagem, tomar sol e fazer exercícios aeróbicos (tais como corridas, caminhadas e passeios de bike) também podem fazer a diferença.
Como a serotonina age no organismo?
Produz sensação de bem-estar
O hormônio é o neurotransmissor que nos alegra e ainda combate os sintomas de depressão e de ansiedade.
Faz perder peso
Quando as taxas do hormônio estão altas, até mesmo o emagrecimento saudável é favorecido. Isso porque o hormônio está diretamente relacionado ao combate da compulsão alimentar, aumentando a saciedade. Além disso, ele também melhora a qualidade do sono.
Melhora o sono
O “hormônio do sono”, a melatonina, é produzido graças à atuação da serotonina. Sendo assim, a relação entre os dois (apesar de indireta) também é o que permite que o indivíduo durma melhor.
Mantém a temperatura corporal em dia
Ela é mantida regulada graças à atuação da serotonina, que trabalha nesse sentido lado a lado com o sistema nervoso central (SNC).
Quer saber mais sobre a atuação dos hormônios da felicidade? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como fisiologista hormonal e dermatologista em São Paulo.