A testosterona é o principal hormônio masculino. Ela é responsável pelas características físicas do homem, como o aumento da massa muscular, o engrossamento da voz e o crescimento de pelos pelo corpo. Apesar de ser tipicamente encontrado em homens, esse hormônio está presente, também, no organismo feminino, porém em menores quantidades. Nas mulheres jovens e saudáveis, o nível hormonal chega a 250 mcg, nos homens esse número é de 20 a 30 vezes maior.
No sexo feminino, o hormônio é produzido nas glândulas suprarrenais e nos ovários. A ausência dele acarreta consequências negativas para a mulher, que, a partir dos 40 anos, tende a perder quantidades significativas da testosterona. Os sintomas de níveis baixos desse hormônio são:
- perda da líbido;
- mudanças de humor;
- diminuição da massa muscular;
- menor massa óssea;
- ganho de gordura;
- desmotivação e desânimo;
- fadiga.
Além da menopausa, fatores como sedentarismo, estresse, uso de medicamentos para controle de colesterol, antidepressivos, anticoncepcionais, lúpus, anorexia, artrite, problemas no ovário e nas glândulas adrenais também podem fazer com que os níveis do hormônio não sejam ideais.
Tratando a baixa hormonal
O diagnóstico deve ser realizado pelo médico por meio de exame clínico e exame de sangue, nos quais serão observados os níveis do hormônio na corrente sanguínea. Caso o problema seja confirmado, o médico irá recomendar a forma mais adequada para se fazer a reposição. Atualmente existem diversos tipos de medicamentos que atuam na suplementação. Eles podem vir na forma de comprimidos, adesivos, injetáveis e em gel.
A alimentação pode ser uma maneira de auxiliar o organismo na produção do hormônio. Alimentos como castanha, sementes de girassol, ovos, sardinha, espinafre e óleo de peixe são ricos em vitaminas A e D, assim como aqueles que contêm zinco, e podem interferir na produção do hormônio.
Como esse hormônio está diretamente ligada ao apetite sexual, durante a consulta, é importante que a mulher esteja à vontade para informar ao médico os sintomas que vem sentindo. É importante relatar como anda a prática do sexo: se há redução do interesse sexual; ausência de iniciativa sexual ou recusa à iniciativa do parceiro; pouca excitação ou redução da sensação de prazer; e outros sinais de desinteresse sexual.
Riscos da reposição de testosterona
A paciente em tratamento do deficit hormonal deve realizar periodicamente exames com o objetivo de medir a quantidade de testosterona na corrente sanguínea. O ajuste é fundamental, porque níveis acima do recomendado podem gerar consequências graves para a saúde. Quantidades excessivas do hormônio em uma pessoa podem contribuir para o desenvolvimento de trombose, câncer de ovário e de mama, infarto, resistência à insulina, acne, engrossamento da voz, queda de cabelo, dentre outros.
Além disso, o uso dos medicamentos deve ser acompanhado de perto pelo médico, pois eles possuem efeitos colaterais que colocam em risco a saúde da mulher. Alguns deles são: intoxicação do fígado, alterações do colesterol e aumento do risco de câncer. Por esses motivos, o tratamento não é feito de forma contínua e pode durar cerca de 6 meses.
Como todo hormônio, a testosterona possui funções específicas e importantes no organismo. Quando desregulada, traz sintomas indesejados, que devem ser tratados conforme a indicação médica. É importante lembrar que a alimentação e a prática de exercícios podem auxiliar no tratamento. Já a suplementação do hormônio deve ser sempre orientada e acompanhada pelo médico e nunca deve ser utilizada para o ganho de massa muscular.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como fisiologista hormonal e dermatologista em São Paulo.