A calvície é um fenômeno bastante recorrente, sobretudo entre os homens. De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos para Cabelos (SBEC), cerca de 42 milhões de homens são afligidos por essa condição no Brasil. E, segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), 50% dos homens irão perder os cabelos antes de completarem 50 anos de idade.
Principais causas da queda capilar
Em termos científicos, a quadro é referido como alopécia, que causa a queda parcial ou total de cabelos e pelos. Entre as possíveis origens do problema, a mais frequente nos homens é a alopécia androgenética. Por isso, ela costuma gerar maior preocupação entre os pacientes masculinos. Essa categoria de calvície tem base hereditária, sendo assim uma manifestação da fisiologia das pessoas geneticamente predispostas à calvície. É importante então conhecer o histórico familiar (o gene vêm da família materna) do indivíduo para identificar a probabilidade dele ter herdado tal característica.
Além do elemento genético, a queda capilar possui algumas outras possíveis origens:
Aquecimento do couro cabeludo: submeter o couro cabeludo constantemente a fontes de calor, como água muito quente e secador, incrementa a produção de óleo na área. Como resultado, a queda de cabelo tende a piorar;
Má higiene: não limpar bem o couro cabeludo faz com que a oleosidade aumente, o que, às vezes, leva à caspa e à descamação. Ambas as condições podem agravar a alopécia;
Questões emocionais: alguns transtornos emocionais, como o estresse, a ansiedade e a depressão podem acentuar a perda dos fios;
Excesso de química: aplicar produtos químicos em demasia, como tinturas e alisantes, altera a fisiologia do couro cabeludo, contribuindo para a queda capilar.
Tratamentos para a calvície
A alopécia androgenética não tem cura e muitos homens não aceitam a possibilidade de ficarem carecas. Porém, existem hoje dois tratamentos capazes de reduzir a queda dos fios: laser de baixa potência e medicação controlada. Mas é importante destacar que a terapia deve começar logo que os primeiros sinais forem observados. Entenda um pouco mais sobre os procedimentos, abaixo.
Laser de baixa potência: técnica mais recente, que impede a evolução da alopécia androgenética, quer esteja no início ou em estágio intermediário. O laser é capaz de encorpar o cabelo e não apresenta efeitos adversos;
Finasterida: muitos dos medicamentos para conter a perda de cabelo possuem finasterida na fórmula. Isso porque a substância inibe a enzima 5 alfarredutase, cuja função é transformar a testosterona em DHT (dihidrotestosterona), que leva à queda capilar. Contudo, a droga pode ocasionar disfunção erétil e redução da libido;
Minoxidil: é um tônico para cabelo que incrementa a circulação sanguínea no couro cabeludo. Por consequência, o produto controla a queda dos fios e ainda ajuda no crescimento deles.
Transplante capilar: No entanto, nenhum dos métodos citados até agora propicia o crescimento de cabelo em áreas onde não há mais raízes dos fios. Quando já existe um grau avançado de calvície, a única técnica eficiente é o transplante capilar. Essa cirurgia, conhecida ainda como implante capilar, funciona a partir da retirada de fios da área de trás do couro cabeludo, geralmente menos afetada pela alopécia, para recolocá-los onde as falhas estão, fazendo com que eles cresçam e populem a região.
Agora você já sabe mais sobre a calvície, suas causas e tratamentos. Ainda tem alguma dúvida? Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como dermatologista em São Paulo.
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