A acne é uma alteração caracterizada pelo aparecimento de cravos e espinhas, podendo afetar drasticamente a autoestima e o estado psicológico do paciente
A acne é uma doença inflamatória de pele que se manifesta quando algumas glândulas sebáceas ficam obstruídas com oleosidade e células mortas. Por consequência, o organismo não consegue eliminar impurezas por meio dos poros, que acabam se tornando foco para bactérias, resultando em cravos, espinhas, nódulos, cistos e pústulas. O problema pode afetar tanto o rosto como outras áreas do corpo.
Muito comum na adolescência, período da vida em que os hormônios sexuais levam a uma maior produção de oleosidade cutânea, a acne tende a ser uma alteração que se resolve espontaneamente a partir dos 20 anos de idade. Porém, há casos em que a pessoa continua apresentando cravos e espinhas ao longo de toda a vida adulta — o que pode estar relacionado à hereditariedade e a diversas outras condições clínicas.
Índice
Acne: sintomas e tipos
A acne é caracterizada por um conjunto de anomalias de pele em que os poros ficam cheios de glândulas sebáceas, formando cravos. Quando essas formações se rompem e liberam o material acumulado no interior da pele, são formadas as espinhas. Algumas espinhas podem ser bastante dolorosas e, em casos mais graves, formar cistos (formações cheias de líquido) sob a pele.
A aparência de cada uma dessas formações pode variar, se manifestando das seguintes maneiras:
- Cravos brancos: glândulas sebáceas obstruídas, com seu orifício fechado;
- Cravos escuros: glândulas sebáceas obstruídas, com orifício aberto. O óleo da pele de torna escuro quando exposto ao ar;
- Espinhas: glândulas sebáceas inflamadas e infectadas, muitas vezes cheias de pus.
Existem diferentes tipos de acne, classificadas de acordo com a gravidade da condição. São eles:
- Grau I: apenas cravos, sem as lesões inflamatórias das espinhas;
- Grau II: cravos e espinhas pequenas, com pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus;
- Grau III: cravos e espinhas pequenas, com lesões maiores e mais profundas. Esta manifestação é mais dolorosa e inflamada;
- Grau IV: cravos, espinhas pequenas e grandes lesões císticas, com múltiplos abcessos e cicatrizes irregulares.
O que pode causar a acne?
A acne é causada por uma interação entre hormônios, óleos naturais da pele e bactérias. Há diversas causas para a inflamação das glândulas sebáceas, que incluem desde herança genética a alterações hormonais que podem levar a uma superprodução de sebo por parte das glândulas. O período da adolescência, em que há uma significativa produção hormonal, é marcado por um aumento na produção de hormônios.
Algumas situações podem agravar as chances de que uma pessoa apresente acne, tais como:
- Exposição exagerada ao sol;
- Tabagismo;
- Dieta rica em açúcar;
- Estresse;
- Disfunções hormonais;
- Predisposição genética;
- Hábito de mexer na pele e manipular as lesões de acne.
O diagnóstico da acne é feito a partir de uma avaliação clínica feita pelo dermatologista, o médico mais capacitado a direcionar o tratamento mais adequado para cada caso.
Qual a importância de tratar a acne?
A acne deve ser tratada o mais precocemente possível, e esta alteração não deve ser considerada apenas uma condição própria da adolescência que desaparece espontaneamente com o tempo. É muito importante controlar a manifestação de espinhas e cravos não apenas por razões estéticas, mas para evitar problemas mais graves de pele e prevenir a formação de cicatrizes — que tendem a ser muito difíceis de serem corrigidas na vida adulta.
Além disso, a presença da acne pode ser muito traumática para um adolescente, que pode desenvolver problemas emocionais e psicológicos associados a essas marcas de pele. Para que o problema não se torne um tormento físico e social ao paciente, é sempre recomendado que uma avaliação dermatológica seja feita o mais rapidamente possível, de modo a iniciar um tratamento o mais rapidamente possível.
Como é o tratamento para acne?
Os principais causadores da acne são os hormônios, juntamente com a hiperfunção das glândulas sebáceas e alterações da flora bacteriana da pele. Todas essas alterações são mediadas por fatores variados, que vão desde estresse, hábitos de vida e até mesmo carência vitamínica. O controle do problema, portanto, deve ser sempre baseado nas características individuais do paciente e na gravidade da condição.
O tratamento depende diretamente do tipo e grau de acne que o paciente apresenta, devendo ser sempre individualizado e personalizado às necessidades e particularidades de cada um. As metodologias de tratamento podem incluir uso de sabonetes específicos, bem como cremes dermatológicos e ácidos de uso tópico. Dependendo da gravidade, podem ser receitados medicamentos de uso contínuo.
Em formas leves de acne, o tratamento recomendado pelo dermatologista muitas vezes é apenas localizado, com uso de substâncias químicas específicas combinadas. O uso de medicamentos de administração oral pode ser associado, especialmente nos casos em que não há uma resposta significativa apenas com o uso dos fármacos tópicos. Neste segundo caso, são utilizados antibióticos.
Para pacientes do sexo feminino, pode ser recomendado um tratamento hormonal com uso de anticoncepcionais de administração oral. É necessário, entretanto, que o quadro clínico da paciente seja criteriosamente avaliado para identificação de possíveis contraindicações ou desejo de engravidar. Nesses casos, a terapia hormonal deve ser avaliada e personalizada.
É possível prevenir o desenvolvimento de acne?
Além do tratamento prescrito pelo médico dermatologista, podem ser adotadas algumas mudanças nos hábitos, como equilibrar a dieta e utilizar cosméticos à base de água — que são menos gordurosos e evitam a piora da acne. Uma vez que a inflamação das glândulas sebáceas está muito mais ligada aos fatores genéticos, entretanto, este tipo de recomendação vale mais para garantir a saúde da pele de modo geral.
Alguns cuidados considerados essenciais para prevenir o desenvolvimento de acne incluem:
- Lavar o rosto 2 vezes ao dia, utilizando sabão suave neutro;
- Lavar as mãos com frequência;
- Evitar tocar o rosto desnecessariamente;
- Não espremer as espinhas que surgirem;
- Evitar tomar sol em excesso;
- Não esfregar excessivamente a pele.
O ideal é sempre se consultar com um dermatologista para receber as recomendações adequadas a respeito da melhor forma de prevenir o desenvolvimento da acne e minimizar sua ocorrência. Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Daniel Stellin!
Fontes: