A obesidade é um problema crescente na maior parte das cidades, em especial nas mais desenvolvidas, sendo responsável por inúmeras doenças relacionadas a ela como as cardiovasculares e a diabetes.
Há algumas décadas, parte da população mundial vem se alimentando muito mal e valorizando alimentos pobres em nutrientes, além de consumi-los exageradamente. A maior demonstração dessa afirmação é que a população brasileira saiu do mapa da fome e caiu no do sobrepeso, incluindo as crianças. Uma pequena demonstração de como os hábitos alimentares impacta diretamente no bem-estar de cada um.
O que mudou nos hábitos alimentares dos brasileiros?
Segundo relatórios da ONU, desde a década de 1980 até os dias de hoje, o número de obesos triplicou no mundo. Em 2017, estima-se que 8% das crianças menores de cinco anos estejam acima do peso e a porcentagem cresce. E, geral, essas crianças que estão acima do peso ideal são filhas de adultos também obesos.
Mais da metade da população brasileira está com sobrepeso, sendo 20% de obesos. Esse alto índice é um grande alerta sobre como a sociedade vem cuidado de sua saúde. O impacto que essa mudança causou na saúde pública é um dos temas prioritários no Ministério da Saúde.
Os pais são os primeiros e principais incentivadores alimentares dos filhos. Como a maioria se alimenta mal, os filhos são estimulados a manterem hábitos equivocados. Pelo estresse diário de suas vidas, acabam cedendo às tentações de alimentos industrializados, mais práticos na hora do preparo, além de doces e guloseimas que supostamente compensam a ansiedade com as situações da rotina.
O hábito de comer com a família reunida à mesa nas refeições principais, foi trocado por alimentações realizadas em frente a TV ou ao computador. Esse mal costume atrapalha o metabolismo, uma vez que, a pessoa não se atenta ao que está comendo nem à quantidade ingerida. A mastigação fica também comprometida e o corpo precisa trabalhar mais na produção de energia a partir da degustação.
Como obter uma maior qualidade de vida?
A maioria da população come mal, em grande quantidade e não respeita as refeições básicas. Muitos reforçam o almoço ou o jantar, enquanto são displicentes com o restante. Nos restaurantes com buffet ou por quilo, há uma valorização maior nos alimentos pesados e calóricos em detrimento aos saudáveis e leves.
Quando o peso excede, as pessoas acabam procurando uma das inúmeras dietas “mágicas” que surgem e acabam piorando ainda mais a situação. Muitas dessas dietas são inspiradas em dicas de amigos e não em acompanhamento com nutricionistas e profissionais da área. Mais do que se submeter aos modelos de beleza, cuidar da alimentação é fundamental para ter uma boa saúde.
As pessoas cometem uma autoagressão alimentar, de forma constante, ao ingerirem grande quantidade de calorias e sem nutrientes, que vão aumentando o colesterol ruim, glicemia e insulina basal acarretando dessa maneira em problemas cardiovasculares e diabetes.
É necessário aprender sobre a alimentação consciente, que envolve o cuidado com o corpo, com a alma e a mente de forma integrada. A rotina alimentar valoriza a saúde e satisfaz as necessidades orgânicas, capazes de proporcionar um grande bem-estar físico contínuo.
Estudos comprovam que ao mudar a alimentação, trocando frituras, carnes vermelha, gorduras saturadas e carboidratos ruins, por grãos integrais, verduras, legumes e peixes, é possível diminuir os riscos de morte prematura em até 20%.não devemos esquecer de evitar ao máximo alimentos ricos em glúten e lactose que podem causar alterações na microbiota intestinal e alergias alimentares .
A boa notícia é que comidas orgânicas, com baixo índice de sódio, açúcar e calorias podem ser facilmente encontradas em mercados, apresentando vantagens como a presença maior de micronutrientes e menores quantidades de agrotóxicos e poluentes em relação aos alimentos comuns.
Manter as refeições básicas como café da manhã, almoço e jantar, com um cardápio balanceado e aliado às atividades físicas, ou mesmo jejuar em determinados períodos programados pode aumentar a disposição para as atividades cotidianas . Assim, também é possível diminuir o peso sem estresse, melhorar o humor, regular o organismo, atingir o reequilíbrio hormonal, fortalecer os ossos e diminuir os riscos de contrair doenças.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como fisiologista hormonal e dermatologista em São Paulo.