Reposição hormonal masculina ajuda homens a enfrentar sintomas incômodos da andropausa, mas tratamento depende de avaliação especializada para ser seguro e eficaz
A reposição hormonal masculina torna-se uma opção cada vez mais comum para tratamento de alterações hormonais nos homens — como a andropausa, que tem início próximo dos 40 anos e implica na redução dos níveis de testosterona.
No entanto, antes de aderir à reposição hormonal masculina é importante saber para quais casos ela é recomendada e quais os resultados podem ser alcançados com esse tratamento, evitando o uso indevido que pode comprometer a saúde do homem.
Índice
Como funciona a reposição hormonal masculina?
O nível de testosterona considerado normal nos homens pode variar entre 300 e 1000 nanogramas (ng) por decilitro (dl) de sangue, sendo que a idade é um dos fatores que mais influenciam esses parâmetros. Há também a aferição da testosterona livre com os seguintes valores de referência:
- De 3 a 25 ng/dL entre 17 e 40 anos;
- De 2,7 a 18 ng/dL para homens com 41 a 60 anos;
- de 1,9 a 19 ng/dL para aqueles com mais de 60 anos.
Estima-se que, a partir dos 30 anos, os níveis de testosterona diminuem 1% ao ano. Entre os 50 e 59 anos estima-se que 5% dos homens têm déficit de testosterona.
Ainda que a testosterona não seja a única substância presente na reposição hormonal masculina, esses estudos podem ser usados como parâmetros da necessidade de terapia hormonal nos homens.
Caso seja diagnosticado o déficit hormonal no paciente, pode ser indicado o início da terapia hormonal que pode ser realizada com diferentes abordagens, como:
- Cutânea, por meio de cremes e adesivos;
- Injetável;
- Por implantes subcutâneos.
Algumas boas opções de substâncias frequentemente usadas na reposição hormonal masculina incluem creme de testosterona, injeções de cipionato ou undecilato e adesivos ou implantes de testosterona.
Atualmente, são usados hormônios bioidênticos, que são substâncias manipuladas usando engenharia genética recombinante para que a estrutura molecular seja idêntica à do hormônio humano, reduzindo os efeitos colaterais e melhorando os resultados do tratamento.
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Quando o homem deve fazer reposição hormonal?
Ainda que os níveis de testosterona comecem a diminuir a partir dos 30 anos, a reposição hormonal masculina deve ter como princípio chave a avaliação dos exames que constituem o perfil hormonal, e principalmente sua relação com os sintomas da andropausa, independente da idade. Eles incluem:
- Disfunção erétil;
- Diminuição da libido;
- Oscilações no humor;
- Fadiga (confundida com preguiça e indisposição em muitos casos);
- Irritabilidade;
- Depressão;
- Perda de massa corporal e massa óssea;
- Aumento da gordura corporal;
- Problemas de memória e concentração.
Portanto, quando esses sintomas estão presentes, o paciente deve buscar um médico especialista em reposição hormonal masculina para avaliar a necessidade do tratamento.
Além da anamnese, que consiste no levantamento do histórico, queixas e problemas relatados pelo paciente, a prescrição da reposição hormonal masculina depende de exames como: testosterona total, biodisponível e livre, PSA, FSH, LH, SHBG e prolactina.
Essa ampla visão dos níveis hormonais do paciente é essencial para definição da estratégia mais satisfatória de reposição hormonal masculina visando a melhora da qualidade de vida do paciente com amenização dos sintomas.
Quais os resultados da terapia hormonal nos homens?
Nos homens, a reposição hormonal contribui na melhora dos sintomas relatados, especialmente no desempenho e desejo sexual, ganho de massa e estabilização do humor e sintomas psicoemocionais.
Os resultados da reposição hormonal masculina dependem diretamente da substância usada. Por exemplo, o gel de testosterona (Androgel) começa a apresentar efeitos 1 hora depois da aplicação, mas os níveis são estabilizados em cerca de 2 dias de uso e sua ação tem 24h, devendo ser reaplicado na manhã seguinte.
Já a injeção de undecilato, que possui longa duração pode ter seus efeitos estabilizados entre uma e duas semanas após o início do tratamento.
Destaca-se, entretanto, que a reposição hormonal masculina só é recomendada para homens com déficit comprovado, uma vez que o uso de hormônios como a testosterona sem necessidade não gera resultados físicos ou emocionais e pode comprometer a saúde do paciente. Saiba mais sobre a terapia de reposição hormonal aqui!
Fontes:
Arquivos Catarinenses de Medicina.