O câncer de pele é o tumor mais frequente no Brasil e se caracteriza pela produção descontrolada de células anormais da pele. A doença normalmente é causada pela exposição frequente aos raios solares UVA e UVB sem proteção, mas também pode estar relacionada com outras doenças da pele ou fatores, como cicatrizes de queimadura, exposição a agentes químicos, radiação, uso de imunossupressores prolongados e outras doenças.
A pele é o maior órgão do corpo humano e uma das suas funções é proteger os órgãos internos contra traumas, ação de bactérias ou fungos e outros agentes externos. Apesar de ser o tipo de câncer mais comum, muitos não são tratados de forma adequada, causando metástase e se espalhando para outros órgãos.
3 tipos de câncer de pele
- Carcinomas basocelulares – aparecimento de nódulos de crescimento lento na pele que podem sangrar ou formar crostas, possui melhor prognóstico e maior incidência na população.
- Carcinoma epidermoide – nódulos ou manchas que crescem rápido e podem virar feridas que não cicatrizam. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo porém áreas de maior exposição solar como o lábio inferior são mais acometidas.
- Melanoma – aparecem em forma de pintas que podem variar de cor, formato, tamanho e causar sangramentos. É a forma mais grave, mas com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, é curável.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de uma biópsia realizada do material retirado do local afetado, aliado aos sintomas, exame físico, tipo de tumor e gravidade e deve ser dado pelo médico especialista.
A prevenção pode ser feita através dos seguintes hábitos:
- Evitar exposição ao sol sem uso do protetor solar;
- Reaplicar o protetor a cada três horas;
- Usar chapéus ou bonés;
- Utilizar roupas com fator de proteção e óculos escuros;
- Não realizar bronzeamento artificial.
Tratamento
A principal forma de tratar essa doença é cirúrgica. Ele geralmente se inicia com a retirada de sinais, lesões e nódulos dos lugares afetados, esse procedimento é o mais comum e deve ser realizado por um especialista.
A cirurgia pode ser realizada através de remoção por bisturi, que retira o nódulo e pele em torno dele; curetagem ou raspagem da área afetada, usada em tumores mais superficiais; cirurgia a laser, que remove as células cancerígenas sem causar sangramentos; criocirurgia, que promove o congelamento do tumor e o destrói; terapia fotodinâmica, procedimento que destrói as células atingidas por reação fotoquímica; e pela cirurgia micrográfica de Mohs, a mais eficaz, pois remove o tumor e tecido ao redor e, sendo realizado avaliação das margens durante o procedimento, aumentando portanto as taxas de cura e reduzindo as recidivas da lesão, fato comum em outras técnicas.
Podem ser indicadas também, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e medicações orais ou tópicas.
É importante tomar o cuidado de não confundir o câncer de pele com outras lesões como a ceratose seborreíca por exemplo, devido a uma eventual semelhança. Aos primeiros sinais, procure imediatamente sua dermatologista para indicar o melhor tratamento e acompanhar a recuperação.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como fisiologista hormonal e dermatologista em São Paulo.