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Câncer de pele

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Conheça mais sobre essa doença, sintomas, como é diagnosticada e tratamentos

O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano são registrados, em média, 185 mil novos casos da doença no País.

O problema é mais comum em pessoas de pele clara, com idade acima dos 40 anos, e tem como principal causa a exposição ao sol sem a proteção adequada.

Como se desenvolve o câncer de pele?

O câncer de pele tem origem no desenvolvimento anormal das células da pele. Em algum momento, devido a uma série de fatores, essas células começam a se multiplicar repetidamente até formarem um tumor maligno. O câncer de pele é classificado em dois tipos: não melanoma e melanoma.

Câncer de pele não melanoma

O câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum da doença e corresponde a cerca de 30% de todos os casos de câncer no Brasil. Geralmente, se manifesta em forma de manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram, ou como feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Surge com maior frequência em áreas da pele mais expostas ao sol, como rosto e orelhas. Quando diagnosticado precocemente, tem altas chances de cura. Porém, pode causar mutilações na área afetada quando não for detectado rapidamente.

O câncer de pele não melanoma é dividido em dois subtipos: carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular.

Carcinoma basocelular: representa cerca de 80% dos casos de câncer de pele não melanoma. O tumor tem origem nas camadas cutâneas mais profundas e tem como características a formação de uma ferida ou nódulo de tom avermelhado, brilhante, que pode sangrar com facilidade. É menos agressivo e evolui lentamente.

Carcinoma espinocelular: é um tipo de câncer de pele menos frequente que se origina na camada mais superficial da pele, a epiderme. Surge como uma ferida ou machucado descamativo e de cor vermelha que pode sangrar eventualmente. A lesão causada por este tipo de câncer de pele lembra a aparência de uma verruga, com diferentes tamanhos e formatos, que pode causar dor e sensibilidade. Geralmente surge em regiões do corpo que ficam mais expostas ao sol, como orelhas, lábios e dorso das mãos.

Câncer de pele melanoma

É um tumor mais raro — representa cerca de 3% dos casos de câncer de pele no Brasil —, mas mais agressivo, devido à alta possibilidade de provocar metástase, ou seja, de se disseminar para outros órgãos. O tumor do tipo melanoma tem origem nos melanócitos, células que produzem melanina, substância responsável por dar cor à pele, aos olhos e aos cabelos.

Este tipo de câncer de pele pode surgir em qualquer parte do corpo, na pele ou nas mucosas. Geralmente, sua aparência pode ter a forma de pintas, manchas ou sinais na pele que aumentam de tamanho, mudam de cor ou de formato, coçam e descamam.

Quais os fatores de risco para o câncer de pele?

O principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição solar excessiva, sem proteção e nos horários inadequados (entre as 10h e às 16h). Mas, além dele, existem outros que podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Entre eles, destacam-se:

  • Ter histórico familiar de câncer de pele;
  • Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros;
  • Ter se exposto prolongadamente ao sol, sem proteção, durante a infância e adolescência;
  • Trabalhar exposto ao sol sem proteção adequada.

Embora seja mais frequente em pessoas de pele branca, o câncer de pele também pode surgir em pessoas negras. Nesse caso, as lesões aparecem em áreas do corpo mais claras, como solas dos pés e palmas das mãos.

Como o câncer de pele é diagnosticado?

Na maioria das vezes, o câncer de pele é diagnosticado por meio de um exame clínico realizado em consultório por um dermatologista. O especialista também pode fazer um exame chamado dermatoscopia, no qual ele usa um aparelho, semelhante a uma lupa, que ajuda a visualizar as camadas da pele que ele não conseguiria ver a olho nu.

Em alguns casos, para ter um diagnóstico mais preciso, pode ser feita uma biópsia do tecido afetado. Nesse caso, um pequeno pedaço do tecido é extraído, em consultório, e enviado para análise laboratorial.

Teste ABCDE para detectar o câncer de pele

Qualquer pessoa pode avaliar e ajudar a identificar um possível câncer de pele. O uso da regra ABCDE facilita no diagnóstico precoce. Veja o que deve ser observado:

  • Assimetria: uma metade da lesão é diferente da outra;
  • Bordas irregulares;
  • Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
  • Diâmetro: lesão com mais de 6 milímetros;
  • Evolução: ocorre alteração de cor, formato ou tamanho.

Quais os tratamentos para o câncer de pele?

O tratamento mais indicado depende do tipo câncer de pele. Se for o do tipo não melanoma, com lesões pequenas, o especialista pode optar pela criocirurgia, procedimento que promove o congelamento da lesão com nitrogênio líquido a uma temperatura de -196º, levando à destruição do tecido doente, ou pela imunoterapia de uso tópico (local).

Há ainda a opção pela terapia fotodinâmica, procedimento no qual o médico aplica um ácido sobre a área a ser tratada e, algumas horas depois, a expõe à uma luz intensa que, em contato com a substância, destrói as células tumorais.

Porém, na maioria das vezes, o tratamento cirúrgico é o mais indicado, tanto para câncer não melanoma quanto melanoma, e pode ser associado à radioterapia ou quimioterapia, dependendo do estágio em que se encontra o câncer de pele.

Quando o câncer se espalhou para outros órgãos (caso do melanoma metastático), não é indicada cirurgia. O médico pode prescrever medicamentos que vão conter a evolução da doença, aumentando a sobrevida do paciente e melhorando sua qualidade de vida.

Tipos de cirurgia de câncer de pele

A técnica cirúrgica depende do tipo de tumor e da sua extensão. As principais são:

  • Excisão: o tecido da área afetada e uma borda de tecido normal, chamada borda de segurança, são retirados com bisturi;
  • Curetagem e eletrodissecação:o tumor é removido por meio de uma raspagem e o local, em seguida, é tratado com a aplicação de uma corrente elétrica para destruir as células cancerígenas que possam ainda existir;
  • Cirurgia a laser:usa o laser de CO2 para remover as células tumorais;
  • Cirurgia de Mohs: é indicada quando o médico não consegue saber exatamente qual a extensão do tumor ou quando há alto risco de recidiva da doença. O cirurgião remove uma camada da pele que pode ter sido invadida pelo tumor e mapeia sua localização. Em seguida, uma amostra desse tecido é enviada para análise patológica e, caso seja detectado que ainda há a presença de células tumorais, retira-se mais uma parte de tecido, que também é enviada para análise;
  • Cirurgia de retirada de linfonodo: quando o tumor atingiu os linfonodos, é indicada a remoção dos gânglios linfáticos próximos à região afetada.

Caso o tumor seja grande, pode ser necessário fazer um enxerto com um retalho de pele retirado de outra parte do corpo — geralmente abdômen ou costas — para ajudar na cicatrização e deixar o local com uma melhor aparência estética.

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Fontes:

Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Biblioteca Virtual em Saúde

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)

Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica

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