Queloide é um problema de pele resultado de um processo de cicatrização anormal, que pode causar estranheza estética em alguns casos
Toda vez que a pele sofre qualquer tipo de injúria, seja um machucado, uma lesão de acne, um corte proveniente de cirurgia ou uma queimadura, o organismo reage para formar um novo tecido sobre a ferida em um processo chamado cicatrização. Quando a cicatriz que surge cresce exageradamente acima dos limites da lesão, podemos afirmar que se trata de um queloide.
Portanto, o queloide é o crescimento anormal do tecido cicatricial por conta do excesso de produção de colágeno, formando protuberâncias que interferem na estética do local. Isso porque o queloide pode ter um tom avermelhado ou escuro, pelo seu componente vascular, e em alguns casos, pode provocar dor, coceira, sensibilidade e até limitação no movimento a depender da região que ele aparece.
Apesar disso, o queloide é uma alteração benigna que não oferece nenhum risco à saúde. A seguir, vamos abordar todos os detalhes sobre queloides e cicatrizes, continue a leitura para saber mais.
Índice
O que causa queloides e cicatrizes?
Queloides e cicatrizes são resultados do processo de cicatrização da pele após algum tipo de ferimento. Porém, é válido dizer que não existe uma causa específica que causa essa anomalia na cicatrização, pois queloides e cicatrizes podem se formar em qualquer pessoa que tenha ferimentos por conta de:
- Acne severa;
- Cicatriz vacinal;
- Tatuagens;
- Cortes de cirurgia;
- Queimaduras;
- Pós catapora;
- Furos de piercing;
- Feridas traumáticas.
Apesar disso, existem grupos mais propensos a desenvolver queloides, como pessoas de ascendência negra e asiática, além de ser mais comum em mulheres.
Prevenção de queloides e cicatrizes
Uma forma bastante eficaz para prevenir o aparecimento de queloides e cicatrizes é considerar o histórico familiar para tomar alguns cuidados no processo de cicatrização. Como o queloide é resultado da produção exagerada das fibras de colágeno na cicatriz, ele não aparece imediatamente após um trauma, levando algumas semanas para se formar.
Desse modo, uma pessoa que vá realizar algum procedimento cirúrgico, deve avisar ao médico sobre sua predisposição para queloides e cicatrizes para que ele adote algumas precauções que diminuam para evitar esse quadro. Em alguns casos, o médico pode utilizar como formas de prevenção a terapia de radiação pré-operatória para a ferida e curativos à base de silicone.
Além disso, pacientes com predisposição devem observar atentamente o processo de cicatrização, mesmo após pequenos traumas, e procurar um dermatologista se notar qualquer irritação na pele da região afetada.
Tipos de queloides e cicatrizes
A cicatriz é a resposta do organismo para algum tipo de lesão na pele com a formação de um novo tecido mais fibroso para substituir a pele danificada. No entanto, alguns fatores podem influenciar o processo de cicatrização e o tipo de queloides e cicatrizes, entre eles a gravidade da lesão, cuidados com a ferida, idade do paciente e predisposição. Os principais tipos de cicatrizes são:
Cicatrizes normotróficas
O tipo de cicatriz ideal e mais comum, pois o novo tecido fica quase imperceptível ao adquirir a mesma coloração e aspecto da pele. As cicatrizes normotróficas aparecem depois de machucados leves e procedimentos cirúrgicos bem executados.
Cicatrizes atróficas
Surge quando a quantidade de colágeno produzida para a cicatriz não é suficiente, formando uma espécie de depressão na região. Muito comum em casos de cicatriz de acne e acidentes.
Cicatrizes hipertróficas
Esse tipo de cicatriz é comumente confundido com queloides, pois ambas são resultados da produção exagerada de colágeno para a cicatrização. As cicatrizes hipertróficas são elevadas, de aparência avermelhada, mas crescem dentro dos limites da lesão, diferente dos queloides. Outra diferença é que ela não apresenta nenhum tipo de sintoma e pode diminuir espontaneamente com o passar do tempo.
Queloides
Cicatrizes que não param de crescer, extrapolando o tamanho inicial da lesão. Existem casos raros de queloides que se formaram sem que a pessoa tenha sofrido nenhum tipo de lesão. São chamados queloides espontâneos e podem aparecer com mais frequência no tórax, pescoço, ombros, braços e orelhas.
Tratamentos para queloides e cicatrizes
Os tratamentos para queloides e cicatrizes visam melhorar seu aspecto e reduzir os sintomas (dor e coceira por exemplo). Algumas das abordagens mais utilizadas no tratamento de queloides e cicatrizes são:
- Utilização de cremes, pomadas ou fitas adesivas contendo corticoide para impedir que o queloide continue crescendo;
- Injeção de corticoide, inclusive como forma de impedir o desenvolvimento dessa cicatriz;
- Roupas de compressão que diminuem a vascularização e a evolução do queloide;
- Tratamento com laser para tornar o queloide mais discreto, diminuindo sua espessura e a diferença de cor entre a lesão e o restante da pele;
- Crioterapia para congelar o tecido queloideano de dentro para fora utilizando nitrogênio líquido. Esse procedimento tem o objetivo de reduzir o tamanho e é mais indicado para queloides e cicatrizes
Em casos mais severos, a remoção do excesso de pele com cirurgia é a única opção. Porém, a lesão pode reaparecer porque os fatores que originaram o queloide ainda estão ativos.
Cuidados no pós-tratamento
Como já foi dito, queloides são cicatrizes que não param de crescer, por isso é importante ter alguns cuidados para que ele não retorne e piore a estética da região afetada. Entre eles, é indispensável evitar exposição ao sol para proteger a pele com o uso de filtro solar de FPS 30, no mínimo.
Como a cicatrização é um processo que acontece de dentro para fora, manter a pele hidratada é outro cuidado importante após o tratamento de queloides e cicatrizes. Por fim, é recomendado também evitar qualquer tipo de trauma na área tratada para não prejudicar a recuperação.
Se deseja mais informações sobre como lidar com queloides e cicatrizes, agende sua consulta com o Dr. Daniel Stellin para saber mais a respeito.
Fontes:
