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Vitiligo

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Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

O vitiligo consiste na hipopigmentação da pele, manifestando-se por meio de lesões esbranquiçadas. Conheça os sintomas, diagnóstico e tratamento da condição.

O vitiligo acomete entre 1 e 2% da população mundial, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo caracterizado pela hipopigmentação da pele.

Entender mais sobre o vitiligo, quais são seus sintomas, formas de manifestação e recomendações gerais é fundamental para buscar ajuda especializada e ter acesso ao diagnóstico e tratamento da condição. Saiba mais a seguir.

O que é vitiligo?

O vitiligo consiste na hipopigmentação de áreas dérmicas, o que resulta no surgimento de manchas esbranquiçadas decorrentes da ausência total ou parcial de melanócitos na região acometida.

Os melanócitos são as células responsáveis pela produção da melanina, que confere  pigmentação à pele.

No paciente com vitiligo, a ausência ou diminuição dessas células resultam nas lesões características da doença, que tem períodos de estagnação e de agravamento durante toda a vida.

É importante ressaltar que o paciente acometido não sofre prejuízos à sua saúde física em decorrência da doença e que o vitiligo não é contagioso. Apesar disso, questões emocionais e de sociabilidade são comuns, por consequência dos preconceitos e estigmas que cercam essas pessoas.

Quais são as causas do vitiligo?

Uma das principais dúvidas em relação ao vitiligo é quanto às causas. Apesar das pesquisas científicas, não há consenso na comunidade médica sobre os fatores que desencadeiam o problema, mas algumas teorias são mais aceitas, como:

  • Teoria autoimune: uma das explicações mais prováveis é que o vitiligo ocorra em pacientes com predisposição genética, pois apresenta uma recorrência de 20 a 30% na família. Acredita-se, nesse caso, que as células de defesa do organismo ataquem os melanócitos, caracterizando-a como uma patologia autoimune;
  • Teoria neural: abordagem pela qual estima-se que o vitiligo segmentar afete uma região com nevos (pintas) que interagem com substâncias, causando a destruição dos melanócitos;
  • Teoria citotóxica: refere-se à possibilidade de o vitiligo decorrer da exposição a determinados agentes químicos, como a hidroquinona, utilizada na produção têxtil e de borracha.

Apesar da maior aceitação de tais teorias, estudos indicam a participação de fatores adicionais no surgimento ou agravamento do vitiligo, incluindo traumas físicos e emocionais, estresse, depressão e outros aspectos psicológicos.

Sintomas do vitiligo

Como visto anteriormente, o vitiligo, geralmente, não apresenta comprometimento da saúde do paciente para além das manifestações dérmicas.

Apesar disso, alguns pacientes com a condição relatam sintomas associados às manchas esbranquiçadas, como sensibilidade e até mesmo dor no local.

Dessa forma, o principal sintoma de vitiligo é o surgimento de manchas mais claras que o tom de pele do paciente. Elas manifestam-se principalmente nas mãos, boca, nariz, joelhos, braços e dorso, outra região frequentemente acometida é a genitália.

Quais são os tipos de vitiligo?

Os tipos de vitiligo são classificados pela forma de manifestação das manchas na pele. São duas ocorrências clássicas:

  • Segmentar ou unilateral: quando as lesões acometem apenas um lado do corpo, sendo mais comum em jovens e com possibilidade de hipopigmentação nos cabelos e pelos corporais;
  • Não segmentar ou bilateral: casos nos quais as lesões se apresentam nos dois lados do corpo e surgem primeiramente nas extremidades corporais, como mãos, pés, nariz e boca.

Além da forma de manifestação das lesões na pele, os diferentes tipos de vitiligo não diferem em sintomas apresentados ou tratamento.

Diagnóstico do vitiligo

O diagnóstico do vitiligo é clínico, ou seja, a partir da avaliação em consultório pelo dermatologista para verificar o padrão e manifestação de lesões na pele.

Para confirmação do vitiligo, o especialista pode solicitar exames ou análises laboratoriais, inclusive para verificar a presença de doenças associadas, principalmente de ordem autoimune.

Alguns tipos de manchas esbranquiçadas na pele podem ocorrer devido a quadros de infecção fúngica ou exposição solar, não sendo enquadrados como vitiligo e demandando tratamentos próprios.

Tratamento para vitiligo

O tratamento para vitiligo deve sempre considerar os fatores individuais do paciente, pois a resposta varia muito de pessoa para pessoa.

Atualmente, existem abordagens cada vez mais eficientes no controle da patologia, mas é importante ter consciência de que o vitiligo não tem cura.

Inicialmente, o tratamento visa estabilizar as lesões dérmicas e, em seguida, realizar a repigmentação das manchas.

O uso de tacrolimo na versão tópica é uma opção. Em um estudo clínico, houve 75% de repigmentação nas lesões presentes nas regiões cefálica e cervical. O ativo é oriundo da vitamina D e corticosteroides.

A fototerapia com radiação ultravioleta B de banda estreita (UVB-nb) também tem sido usada com resultados satisfatórios no tratamento de lesões na face e no tronco.

Prevenção do vitiligo

Uma vez que as causas do vitiligo não estão totalmente esclarecidas, não é possível falar em estratégias preventivas da condição.

Ainda assim, especialistas recomendam evitar roupas apertadas, reduzir a exposição solar, usar protetor solar corretamente, prevenir pequenos traumas e escoriações, evitar o estresse para prevenir o agravamento do quadro em pacientes já diagnosticados.

Prognóstico e recomendações

Uma vez que não tem cura, o paciente com vitiligo terá que conviver com a condição e seus ciclos de regressão e evolução, mas o mais observado é que haja um agravamento progressivo das lesões ao longo da vida.

O acompanhamento dermatológico periódico é determinante para minimizar as lesões, garantindo alívio do incômodo causado.

Os pacientes devem evitar exposição solar intensa e fazer uso regular de protetor solar.

No aspecto emocional, é indicado, sempre que possível, acompanhamento psicológico, em decorrência da possível relação da patologia com aspectos emocionais e também devido ao estigma social enfrentado.

Perguntas frequentes sobre vitiligo:

Existem algumas dúvidas muito recorrentes sobre vitiligo. A seguir, confira as perguntas frequentes sobre o tema.

Vitiligo é hereditário?

Entre 20 e 30% dos pacientes apresentam casos de vitiligo na família, sendo que a hereditariedade é considerada para a teoria autoimune. Entretanto, o fator genético não é o único determinante.

O vitiligo pode ter causa emocional?

Verifica-se que há relação entre aspectos emocionais (como o estresse) e o agravamento do vitiligo, mas não é possível afirmar que se trata de uma das causas diretas da condição.

É possível detectar o início do vitiligo?

Sim, o vitiligo pode ser diagnosticado precocemente quando o paciente busca auxílio dermatológico logo que identifica as primeiras lesões esbranquiçadas na pele.

Como são as manchas de vitiligo?

As manchas de vitiligo podem se manifestar em apenas um dos lados do corpo (segmentar ou unilateral) ou em ambos os lados (não segmentar ou bilateral) e são de cor mais clara que a da pele, podendo ter tamanhos variados.

Vitiligo coça?

Apesar de ser um sintoma associado incomum, alguns pacientes com vitiligo relatam sentirem sensibilidade, coceira e/ou dor nas lesões.

Vitiligo tem cura?

Não, o vitiligo é uma doença crônica, o que significa que não tem cura, mas pode ser administrado e controlado a partir de diferentes abordagens terapêuticas prescritas pelo dermatologista.

Agende sua consulta com o Dr. Daniel Stellin para saber mais sobre o tratamento de vitiligo

Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Hospital Israelita Albert Einstein

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